Cruz Marcelo Santos, Silva Eliana Sousa, Jakaite Zivile, Krenzinger Miriam, Valiati Leandro, Gonçalves Dalcio, Ribeiro Eduardo, Heritage Paul, Priebe Stefan
Federal University of Rio de Janeiro, Institute of Psychiatry, Av. Venceslau Brás 71 fundos, Rio de Janeiro, Brazil, Zip code: 22290-140.
Redes da Maré. R, Sargento Silva Nunes 1012. Nova Holanda, Maré, Rio de Janeiro, Brazil. Zip code: 21044-242.
Lancet Reg Health Am. 2021 Sep 12;4:100067. doi: 10.1016/j.lana.2021.100067. eCollection 2021 Dec.
Living in informal settlements with extensive neighbourhood violence has been shown to be linked with poorer mental health. However, there is little evidence as to whether different levels of personal experiences and fears of neighbourhood violence within such settlements affect mental health. This study assessed such personal experiences and fears of residents in favelas in Brazil. We tested whether variations predict mental health symptoms and quality of life, and whether this is independent of the influence of sociodemographic characteristics and poverty.
In a population-based survey of adults living in a group of favelas in Rio de Janeiro, Brazil, we assessed: sociodemographic characteristics; extent of personal experiences and fear of neighbourhood violence; mental health symptoms on the Brief Symptom Inventory; and quality of life on the Manchester Short Assessment of Quality of Life. Univariate and multivariate regressions were fit to predict mental health symptoms and quality of life.
We interviewed 1,211 residents. Both more experiences of neighbourhood violence and more fear of violence predicted higher levels of mental health symptoms and poorer quality of life. In multivariate regression analyses, the associations remained significant after adjusting for the influence of other factors, in particular female gender, younger age, and marked poverty.
Even within a context in which the whole population can be exposed to violence and economic disadvantage, individual variations in the experiences of violence still make a significant difference for mental distress and quality of life. Policies to improve mental health and quality of life of residents in informal settlements need to address risk factors separately, most importantly the personal experiences of violence and poverty.
Economic and Social Research Council and Arts and Humanities Research Council in the United Kingdom.
Viver em assentamentos informais, com ampla violência na vizinhança, parece estar associado a piores condições de saúde mental. No entanto, há poucas evidências de que, nestes locais, os diferentes níveis de experiências pessoais e o medo da violência na vizinhança afetem a saúde mental. Este estudo avaliou experiências pessoais e medos de moradores de favelas no Brasil. Testamos se tais variações predizem sintomas de saúde mental e qualidade de vida, e se isso é independente da influência das características sociodemográficas e da pobreza.
MÉTODOS: Com base em um inquérito domiciliar de base populacional, realizado com adultos residentes em um grupo de favelas do Complexo da Maré, Rio de Janeiro, Brasil, foram observadas: características sociodemográficas; a extensão das experiências pessoais de exposição à violência e o medo da violência na vizinhança; sintomas de saúde mental, a partir do Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI); e qualidade de vida, a partir da escala Manchester Short Assessment of Quality of Life (MANSA). Regressões univariadas e multivariadas foram ajustadas para explicar variações nos sintomas de saúde mental e qualidade de vida.
Entrevistamos 1.211 pessoa adultas residentes na Maré. Tanto maiores níveis de exposição a experiências de violência na vizinhança quanto mais medo dessa violência estiveram relacionados a piores níveis de saúde mental (maior número e intensidade de sintomas no BSI) e pior qualidade de vida. Nas análises de regressão multivariada, tais associações permaneceram significativas mesmo após controlarmos pela influência de outros fatores, em particular sexo (feminino), idade (mais jovem) e pobreza acentuada.
INTERPRETAÇÃO: Mesmo em um contexto no qual toda a população pode estar exposta à violência e a desvantagens materiais e econômicas, as variações individuais nas experiências de violência ainda assim fazem diferença significativa nas condições de sofrimento mental e qualidade de vida. Políticas para melhorar a saúde mental e a qualidade de vida dos residentes de assentamentos informais, como as favelas, precisam abordar fatores de risco separadamente focando, principalmente, na redução da exposição a experiências pessoais de violência e da pobreza.
Economic and Social Research Council (ESRC) e Arts and Humanities Research Council (AHRC), ambos do Reino Unido.
生活在邻里暴力频发的非正式定居点与较差的心理健康状况有关。然而,关于此类定居点内不同程度的个人暴力经历和对邻里暴力的恐惧是否会影响心理健康,几乎没有证据。本研究评估了巴西贫民窟居民的此类个人经历和恐惧。我们测试了这些差异是否能预测心理健康症状和生活质量,以及这是否独立于社会人口学特征和贫困的影响。
在对巴西里约热内卢一群贫民窟的成年居民进行的一项基于人群的调查中,我们评估了:社会人口学特征;个人暴力经历的程度和对邻里暴力的恐惧;使用简明症状量表评估心理健康症状;使用曼彻斯特生活质量简短评估量表评估生活质量。采用单变量和多变量回归来预测心理健康症状和生活质量。
我们采访了1211名居民。更多的邻里暴力经历和对暴力的更多恐惧都预示着更高水平的心理健康症状和更差的生活质量。在多变量回归分析中,在调整了其他因素的影响后,尤其是女性、年轻和极度贫困的影响后,这些关联仍然显著。
即使在整个人口都可能面临暴力和经济劣势的背景下,暴力经历的个体差异仍然对心理困扰和生活质量有显著影响。改善非正式定居点居民心理健康和生活质量的政策需要分别解决风险因素,最重要的是个人暴力经历和贫困问题。
英国经济和社会研究委员会以及艺术与人文研究委员会。
生活在邻里暴力广泛存在的非正式定居点似乎与较差的心理健康状况相关。然而,几乎没有证据表明,在这些地方,不同程度的个人暴力经历和对邻里暴力的恐惧会影响心理健康。本研究评估了巴西贫民窟居民的个人经历和恐惧。我们测试了这些差异是否能预测心理健康症状和生活质量,以及这是否独立于社会人口学特征和贫困的影响。
基于对巴西里约热内卢马雷综合区一群贫民窟成年居民进行的一项基于人群的家庭调查,观察了:社会人口学特征;个人遭受暴力经历的程度和对邻里暴力的恐惧;使用精神病理症状量表(BSI)评估心理健康症状;使用曼彻斯特生活质量简短评估量表(MANSA)评估生活质量。进行单变量和多变量回归以解释心理健康症状和生活质量的变化。
我们采访了1211名居住在马雷的成年居民。邻里暴力暴露程度越高以及对这种暴力的恐惧越大,都与较差的心理健康水平(BSI中症状数量和强度更高)和较差的生活质量相关。在多变量回归分析中,即使在控制了其他因素的影响后,尤其是性别(女性)、年龄(更年轻)和严重贫困的影响后,这些关联仍然显著。
即使在整个人口都可能暴露于暴力以及物质和经济劣势的背景下,暴力经历的个体差异在心理痛苦状况和生活质量方面仍然有显著影响。改善非正式定居点(如贫民窟)居民心理健康和生活质量的政策需要分别解决风险因素,主要关注减少个人暴力经历和贫困。
英国经济和社会研究委员会(ESRC)以及艺术与人文研究委员会(AHRC)